Folha on-line protege a corrupção tucana quando omite que nova denúncia contra Paulinho é do tempo de FHC

O jornal tucano Folha de São Paulo noticia: "Novo inquérito no STF apura desvios na central de Paulinho", mas na área on-line aberta à não assinantes omite que os fatos referem-se a 3 convênios entre 1999 e 2000 com o Ministério do Trabalho de FHC. Nesta época, a Força Sindical apoiava FHC.

Sem maiores delongas, se estes convênios foram politiqueiros e envolveram corrupção, como tudo indica, fizeram parte do projeto fracassado de eleger José Serra em 2002.

É mais um dos tantos esquemas de corrupção tucana, tal qual o Sanguessuga, a operação Vamnpiro, onde FHC e Serra distribuíram verbas para alimentar esquemas corruptos, em troca de apoio.

A Folha tucana, só noticiou que os fatos eram de 2001 (errado, porque os convênios foram em 1999 e 2000) , na área para assinantes, e mesmo assim, "se esqueceu" de dar nome aos bois: o governo responsável pelo convênio na época era demo-tucano, de FHC-Serra.

A NOVA ACUSAÇÃO CONTRA PAULINHO

A Força Sindical, presidida por Paulinho, contratou a Fundação João Donini, sem licitação, para ministrar cursos profissionalizantes para desempregados e pessoas de baixa renda utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Ministério do Trabalho e Emprego.

A Polícia Federal em Marília (SP) já havia investigado essa contratação irregular. Mas como Paulinho é deputado e goza de foro privilegiado, o processo saiu da 1ª Vara Federal de Ourinhos (SP) e foi encaminhado para as instâncias superiores.

Segundo a denúncia, o Ministério do Trabalho teria firmado três convênios com a Força Sindical, em 1999 e 2000, para proporcionar cursos profissionalizantes gratuitos.

Para cumprir um dos acordos, a Força Sindical teria contratado, por R$ 215 milhões, a Fundação João Donini, localizada em Piraju (SP). A fundação teria que ministrar cursos a 1,05 mil trabalhadores.

O problema, segundo foi apurado pelo MPF em Ourinhos, é que 26.991 nomes de alunos matriculados nos cursos e 24.948 números de CPF se repetiam, o que poderia configurar desvio de recursos do FAT.

Havia casos em que um mesmo aluno havia sido matriculado mais de uma vez para o mesmo curso, ministrados até mesmo em cidades ou estados diferentes.

Em entrevistas aos policiais federais, alguns alunos que estavam matriculados no curso profissionalizante disseram não se lembrar de terem efetuado a inscrição ou de tê-lo freqüentado.

De acordo com o documento da Procuradoria-Geral da República encaminhado ao STF, o contrato da Força Sindical com a Fundação João Donini foi contestado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), por ter sido feito sem licitação e por conter algumas irregularidades, como a não-comprovação de que a Fundação João Donini possuía mais de cinco anos de experiência no ensino profissional.

Em tempo: O relator do processo por quebra de decoro contra Paulinho na Câmara, Deputado Paulo Piau (PMDB-MG), apresentou relatório recomendando sua cassação, por causa do envolvimento na Operação Santa Teresa, com desvios de verbas do BNDES, envolvendo prefeituras tucanas, como de Praia Grande (SP).

Há algum tempo que os conselhos de ética, tanto da Câmara, como do Senado, são fortemente guiados por acordos e oportunismo político de cassações, em vez de proteger a ética de fato. Também são guiados pela pressão do PIG. Só isso explica arquivamentos de casos contra tucanos como Marconi Perillo e Eduardo Azeredo, enquanto outros, como Paulinho, vão adiante. Todos os casos deveriam ir adiante. Por isso, estes órgãos poderiam até ser extintos, deixando estes processos por conta só da Polícia Federal e do Ministério Público, pois são mais independentes, e menos sujeitos à acordos. Quando a PF produz provas consistentes, nem o judiciário consegue engavetar, como no caso do ex-Ministro do STJ Paulo Medina.