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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Dilma, no rádio, enquadra banqueiros e reafirma queda de juros na Caixa e no Banco do Brasil




O William Bonner e o "Bill" Waack vão ter que se desdobrar para agradar os patrocinadores do "Jornal Nacional" (o Bradesco) e do "Jornal da Globo" (Itaú)

No programa de rádio "Café com a Presidenta", Dilma reafirmou que a queda de juros na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil é um processo irreversível e que vai continuar aprofundando.

A Presidenta também defendeu a poupança, que continuará com as mesmas características de uma aplicação segura e popular, isenta do imposto de renda, isenta de tarifas, e sem limites de aplicação tanto no valor como no prazo.

Transcrição:

Apresentador: Olá, amigos! Eu sou o Luciano Seixas e estou aqui para mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!

Presidenta: Bom dia, Luciano! E um bom-dia para você, ouvinte, que nos acompanha aqui no Café!

Apresentador: Presidenta, na semana passada, o governo anunciou uma mudança na caderneta de poupança, por que essa mudança foi feita?

Presidenta: Olha, Luciano, a caderneta de poupança é um patrimônio dos brasileiros, e o governo tem obrigação de protegê-la, torná-la cada vez mais segura e mais rentável para o pequeno poupador. É isso que estamos fazendo. Não podemos aceitar que agora, quando estamos baixando os juros, ela se torne uma forma de lucro fácil para aqueles que só querem especular. Você sabe que nós não cobramos nem Imposto de Renda nem taxa de administração sobre a caderneta, por isso quanto mais os juros baixam, mais atraente a caderneta se torna. Daí porquê nós fizemos uma mudança simples, justa e correta, capaz, ao mesmo tempo, de proteger o pequeno poupador e de permitir que as taxas de juros continuem caindo. Quem sempre acreditou e apostou na caderneta durante todo esse tempo será recompensado. As poupanças depositadas até 03 de maio de 2012 vão continuar a render 6,17% ao ano + a TR. As cadernetas vão continuar seguras, sem imposto e permitindo saque mensal. Vão, portanto, continuar protegidas.

Apresentador: Hum... Entendi, presidenta, o rendimento da poupança está garantido. Então, explica para a gente o que vai mudar daqui para frente.

Presidenta: Olha, Luciano, para quem já tinha algum dinheiro aplicado na poupança até o dia 03 de maio, que foi a última quinta-feira, não muda nada. O que nós fizemos foi criar uma regra para o futuro, para um futuro com taxas de juros mais baixas, que é o que nós queremos para o Brasil daqui para frente. Essa nova regra só vai valer para os depósitos ou para as novas contas de poupança abertas a partir do dia 04 de maio, sexta-feira da semana passada. Vou te explicar como isso vai funcionar, Luciano: quando a taxa básica de juros, a Selic, que é definida pelo Banco Central, cair para 8,5% ao ano, o rendimento desses novos depósitos na poupança passa a ser o equivalente a 70% da Selic + a TR. Mas isso só vai acontecer quando os juros baixarem um pouco mais. Para você ter uma ideia, hoje eles estão em 9% ao ano.

Apresentador: Então, o poupador pode ficar tranquilo?

Presidenta: Ah, pode sim, Luciano. O rendimento dos depósitos antigos das 100 milhões de cadernetas de poupança que o país tem hoje não sofrerá qualquer mudança. Eu quero destacar, Luciano, três regras importantes que continuam valendo para todas as poupanças, velhas ou novas: a primeira, não há cobrança de Imposto de Renda; a segunda, a rentabilidade é segura; e a terceira, o poupador pode sacar o seu dinheiro a qualquer momento. A poupança, Luciano, continua sendo um investimento excelente, rentável e com a mesma segurança de sempre. Continua e continuará como o melhor tipo de investimento para a maioria dos brasileiros. Eu mesma tenho o meu dinheiro na poupança, e ele vai ficar lá.

Apresentador: Presidenta, a taxa básica de juros vem caindo desde agosto, mas o impacto para o consumidor só começou a aparecer nas últimas semanas, não é mesmo?

Presidenta: Você tem razão, Luciano. Os bancos só agora começaram a repassar para os consumidores e para os empresários a redução da taxa básica de juros do Banco Central. O processo começou com os bancos públicos – a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil foram os primeiros a diminuir suas taxas de juros nos empréstimos para as compras de produtos como a televisão, geladeira, fogão, para o cheque especial e até no financiamento da casa própria e de automóvel, por exemplo. Depois disso, os bancos privados parece que também estão começando a rever suas taxas. A queda da taxa de juros para o consumidor, Luciano, é um caminho sem volta, sabe por quê? Porque o Brasil tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos do mundo, e pode perfeitamente fazer a sua parte e ajudar o país diminuindo os juros que cobram dos trabalhadores e dos empresários. Essa força dos bancos e a segurança da nossa economia têm de permitir que eles ofereçam crédito mais barato para o povo brasileiro.

Apresentador: É, presidenta, mas como o cidadão pode pagar juros mais baixos?

Presidenta: Olha, Luciano, os nossos cidadãos têm uma arma poderosa para negociar. Fazer os depósitos de sua renda naqueles bancos que vão cobrar as menores taxas de juros quando eles precisarem de empréstimos. Ouvinte, isso é um direito seu! Quando você vai à feira ou quando vai comprar uma geladeira ou uma TV, você faz uma pesquisa para saber onde o produto está mais barato, não é mesmo? Com os bancos, tem que ser do mesmo jeito. O banco é um prestador de serviço, então é preciso comparar as melhores ofertas, as menores taxas de juros para você escolher onde vai receber seu salário e onde vai pegar um empréstimo.

Apresentador: Presidenta, eu quero agradecer à senhora por todas essas explicações.

Presidenta: Obrigada, Luciano. E também a você, ouvinte, pela companhia nesse bate-papo de hoje.

1 Comentários:

Anônimo disse...

Tem que enquadrar também o Banco do Brasil, que só renegocia a dívida velha com os cliente com as taxas mais baixas de juros, mediante a adesão de um apcote de serviços mais caros e um indutivo endividamento gerencial(que eles chamam de troco)e que para baixar as mensalidades, retornam os pagamentos ao período anterior do endividamento. Ai vem a inadimplência e com ela a cantinela da justifcativa de spread alto. Só mais uma armadilha pra manter o cliente com a corda no pescoço eternamente.

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