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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Com Dilma e Lula, nordeste ganhou empregos, salários e universidades



Resumir a vitória esmagadora da candidata à reeleição Dilma Rosseff (PT) no Nordeste no primeiro turno ao pagamento do Bolsa Família seria minimizar os avanços em várias áreas obtidos da região neste século.

No 1º turno, Dilma teve uma vantagem de 12,2 milhões de votos sobre Aécio no Nordeste. As duas pesquisas divulgadas pelo Datafolha nesta semana confirmam o favoritismo da presidente na região no 2º turno. O levantamento mostra que o Nordeste apresenta o maior desequilíbrio entre os candidatos nas intenções de voto. Dilma alcança a marca de 70% dos votos válidos enquanto Aécio não passa de 30%.

Em relação à primeira pesquisa feita pelo Datafolha no segundo turno, entre os dias 8 e 9 de outubro, a vantagem da presidente na região cresceu oito pontos percentuais.

Segundo o Banco Central, a economia nordestina cresceu 2,55% no segundo trimestre de 2014. Nenhuma região consegue resultado tão expressivo e a tanto tempo seguido. Pela medição do IBGE, a economia do Brasil encolheu 0,6% de abril a junho.

O crescimento da economia pode ser explicado pelos ganhos econômicos da região.

Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), entre 2001 e 2012, o nordestino teve o maior ganho de renda entre todas as regiões, o que fez com a participação da base da pirâmide social caísse 66% para 45% --ou seja, mais de 20 milhões de pessoas deixaram a pobreza.

Um dos dados que explicam esse ingresso na classe média é a geração de empregos com carteira assinada. Em 2002, 4,8 milhões de nordestinos tinham emprego formal. No final do ano passado, eram 8,9 milhões.

Segundo o Carvalho, o Bolsa Família não é que sustenta a maioria dos nordestino, já que existem menos beneficiários que pessoas que recebem Previdência ou emprego formal --que pagam valores bem maiores.

"O Nordeste possui 17 milhões de famílias. Atualmente, são 8,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada, 8,7 milhões de previdenciários e 7 milhões de famílias cobertas pelo programa Bolsa Família. Ou seja, a renda, ainda que mínima, chega praticamente a todos os domicílios", explica o professor de Economia da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Cícero Péricles Carvalho.

Com mais dinheiro circulando, o Nordeste também virou alvo de grandes indústrias e redes, com investimentos em andamento superando os R$ 100 bilhões.

"O fenômeno do consumo massivo dos chamados segmentos populares é mais uma dessas expressões que ajudam a entender o que se passa na região. Neste período, o Nordeste tem recebido muitos investimentos privados e públicos, e o resultado são taxas de crescimento maiores, em média, que as nacionais", completa Carvalho.

Mais universidades e estudantes

Outro número expressivo é a quantidade de estudantes em cursos superiores. Em 2000, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Nordeste tinha 413.709 universitários.

Em 2012, esse número saltou para 1.434.825. Com isso, a região ultrapassou o Sul e passou a segunda com maior número de estudantes do ensino superior --20% do total--, atrás apenas do Sudeste.

Nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, 18 universidades federais foram abertas --sete delas no Nordeste, todas fora das capitais.

As universidades contam com unidades em mais de um município. Criada no ano passado, a UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia), por exemplo, tem campi nas cidades de Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Além da Bahia, as novas universidades federais se espalham pelo interior de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Ceará e do Piauí. Vinte e oito municípios nordestinos foram contemplados com unidades dessas instituições. Dilma Rousseff venceu em todos no 1º turno.

Em 16 deles, a votação de Dilma  da candidata à reeleição foi mais alta que a obtida no Estado.

Para o cientista político Geraldo Tadeu, diretor do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), vinculado à Universidade Cândido Mendes, a presença de universidades tem peso político nas cidades.

"Quando você coloca uma universidade federal numa cidade mais carente, o impacto é muito maior do que numa cidade com mais estrutura. Dá oportunidade de formação sem necessidade de deslocamento para as capitais e gera uma massa salarial de funcionários e professores. Politicamente, faz um divisor muito grande", afirmou.

Obras
O professor de Ciências Sociais da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Michel Zaidan lembra que a região também foi contemplada com grandes obras estruturantes.

"O governo Lula mudou completamente o quadro, reintroduziram toda a politica regional no Brasil. Tivemos aqui obras como a transposição do São Francisco, a Transnordestina, o porto Suape, a refinaria de Abreu e Lima, fora todo o conjunto de medidas. Para o nordestino, votar em Dilma é uma escolha racional", avaliou. Publicado na Uol

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