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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Aécio convoca funcionários de gabinetes demotucanos para tentar golpe à democracia


Quando a gente pensa que já viu todas as baixarias de Aécio, descobre que ele é capaz de fazer muito mais.
Baixaria, gritos, palavrões, na noite desta terça-feira entre seguranças do Senado e  na maioria funcionários de gabinetes demotucanos - todos pagos com dinheiro público -  e apoiados pela oposição para derrubar a  votação do projeto que flexibiliza o ajuste fiscal levou à suspensão da sessão que analisaria a proposta.

Os policiais do Senado tentaram esvaziar as galerias mas foram impedidas por deputados da oposição. Sem mais o que fazer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que a sessão seria reaberta hoje, às 10 horas. Renan disse que  com a "partidarização" das galerias que não seria possível continuar os trabalhos da Casa com as manifestações dos populares.

No twitter: Renan Calheiros ‏@renancalheiros:  Em 190 anos, é a primeira vez que 26 pessoas partidariamente instrumentalizadas obstruíram o Congresso Nacional. 

A baixaria começou porque durante discurso da senadora Vanessa Graziotin (PC do B-AM) em defesa do projeto do governo, alguns da extrema direita do PSDB gritaram: "Comunista", "Vai pra Cuba", "vagabunda"..e outros palavrões. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse  que isso era inadmissível, que era  falta de respeito e que,  "numa sessão em que se debate política, não se admite que uma parlamentar seja chamada de vagabunda"

 E pediu a Renan que retirasse os manifestantes das galerias. Renan deu a ordem para que os seguranças agissem. Entre os golpistas estavam alguns empregados do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) e pessoas que articulam encontros por redes sociais, a exemplo do grupo chamado "Brasil livre". Um grupo de deputados demotucanos subiu às galerias e começou a proteger os manifestantes, que gritavam: "Ô Izalci, não deixem tirar a gente daqui".

Segundo nota publicada hoje na coluna Painel da Folha, os  responsáveis por arregimentar a claque que tumultuou a sessão foram Paulinho da Força (SD-SP), Jair Bolsonaro (PP-RJ), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Fernando Francischini (SD-PR). E tudo comandado por Aécio

Os  deputados Fernando Francischini (SD-PR), Mendonça Filho (DEM-PE), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Marchezan Júnior (PSDB-RS), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Abelardo Lupion (DEM-PR) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) começaram a se agarrar aos bardeneiros para impedir que eles fossem retirados pela segurança.

Ao comentar o tumulto, Renan não citou o deputado Izalci. Mas disse que os manifestantes agiam sob encomenda "É um caso único no Congresso Nacional. Vinte e seis pessoas assalariadas tumultuando e paralisando o Congresso Nacional".E estava mesmo. A mando de Aécio Neves, que ainda pensa que é candidato

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que havia pedido para que as galerias fossem abertas para público, disse que o projeto do governo causará um dano ao Brasil. E que o PT queria impedir a presença de público nas galerias, disse.

 Para o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), a oposição tentou um golpe. "O que aconteceu hoje foi um golpe à democracia. Temos uma maioria constituída e a oposição foi para a galeria obstruir a sessão. Vi diversos parlamentares da galeria comandado um processo para inviabilizar a votação".

Na pauta de hoje, estão dois vetos da presidente Dilma Rousseff, além do  projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias e flexibiliza a meta de superávit fiscal.

Lindbergh  fala sobre a baixaria:

"Olha pessoal, o que aconteceu hoje terça-feira aqui no Congresso Nacional foi um grande absurdo. Um grupo de no máximo 30 manifestantes ligados ao PSDB, com discurso de extrema direita... Chamaram a senadora Vanessa Grazziotin de vagabunda. Interromperam a sessão do Congresso Nacional. Isso é um ataque à democracia. Então, estou aqui para denunciar. Nós estamos indignados com o que aconteceu. Parece que eles estão se inspirando na velha UDN golpista. Essa discussão da meta do superávit primário não é nada disso. O que a gente está querendo fazer aqui é o que a presidenta Dilma disse durante o processo eleitoral. Nós queremos equilíbrio fiscal, mas nós não vamos colocar o País em recessão e gerar desemprego. Foi uma vergonha o que a oposição fez."

Imagine você querido leitor: E se fosse militantes petistas apavorando dentro do congresso nacional? O que estaria agora dizendo a imprensa? Com certeza diriam que o PT estava dando o golpe, queria fechar o congresso.... Mas, como se trata de aliados da imprensa, nenhum jornal saiu em defesa das mulheres parlamentares que foram xingadas e humilhadas a mando do Aécio. Não há, até o momento, nenhum editorial nos jornais condenando os atos fascista da oposição ontem no Senado

3 Comentários:

Garcia disse...

Se são assalariados pagos com o dinheiro do povo e estavam em horário de trabalho é só aplicar o que reza as leis trabalhistas do Brasil. Simples assim.
E se não usar a leis os parlamentares da situação estão mostrando frouxidão diante de qualquer arruaça.

makemoney disse...

Não se pode fazer nada contra esses bando de vagabundos liderados pelo megalomaníaco ex candidato e perdedor das eleições? O Supremo Tribunal Federal não pode fazer nada? O MPU não vai fazer nada? Vamos ficar à mercê de bandidos?

Eduardo Lima disse...

O PT deveria exigir uma investigação séria sobre os patrocinadores desta baderna, levà-los à Comissão de Ética por quebra de decoro e cassar seus mandatos pelo bem da democracia. A culpa do golpismo é da inação do PT/Governo, que não faz o enfrentamento político com os meios de que dispõe. Está mais do que na hora de o governo mostrar força, recompor sua base política e também sua base popular. Tenho chamado a atenção para a necessidade de garantir e ampliar as conquistas dos que já ascenderam socialmente. Refiro-me à Classe C, que é a chave contra o golpismo. É preciso uma série de medidas políticas e econômicas que pensem o suporte às multidões que ascenderam da pobreza para a base da classe média. É preciso informar melhor, proporcionar melhor acesso à saúde e a educação e aliviar o peso dos impostos sobre essa parcela da população. Garantir que continuem avançando e possam reconhecer quem lhes possibilitou isso. A série de textos abaixo reflete sobre esses temas:

Informação Independente:
http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR2.html

Saúde:
http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR3.html

Educação:
http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR4.html

Introdução:
http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR.html

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