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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Repasses de US$ 14 mi são usados para sustentar delação que envolve Cunha



Se os meus queridos leitores desconheciam os motivos pelos quais   Eduardo Cunha anunciou que não vota proposta do Senado para repatriar dinheiro ilegal enviado para o exterior, aqui estão os possíveis motivos.
Para quem não leu,   Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou as negociações do governo federal com senadores da base aliada para aprovar um projeto de lei que permitirá que o país repatrie dinheiro depositado por brasileiros no exterior que não foi declarado à Receita Federal. Cunha. afirmou  não concordar com a votação de um projeto

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e senadores da base aliada acertaram a criação de uma série de mudanças na lei que vão permitir que dinheiro de brasileiros no exterior não declarado à Receita Federal possa entrar no país legalmente.A ideia é que a legalização do dinheiro pague 17,5% de Imposto de Renda e igual percentual de multa, totalizando 35% do total.

Os recursos poderão continuar no exterior, se o contribuinte desejar, mas eles terão que ser informados à Receita Federal. Haverá um prazo de 180 dias para fazer a regulamentação.Segundo os senadores, a Fazenda estima que possa haver US$ 200 bilhões de dinheiro não declarado fora do país.

Eduardo Cunha não quer votar por que...Podem encontrar os dólares dele no exterior? Veja o que diz o  jornal O Estado de S. Paulo.
 Investigadores da Polícia Federal têm como um dos pontos de partida para tentar comprovar o recebimento de US$ 5 milhões em propina pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um total de 35 operações financeiras feitas pelo lobista Julio Camargo, delator da Operação Lava Jato, com o operador do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, entre 2006 e 2007. As movimentações somam US$ 14 milhões.


Os investigadores montaram uma tabela com base em informações e documentos fornecidos desde o ano passado por Camargo. Ela mostra as contas de 16 empresas offshores que eram indicadas por Baiano para receber sua parte da propina dos US$ 40 milhões por dois contratos da Petrobras para fornecimento de navios-sonda para exploração de petróleo, assinados na gestão do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró. Como o Estado mostrou ontem, o rastreamento de contas secretas dos dois investigados é fundamental para a comprovação da delação de Camargo.

"Por volta de julho de 2006 os denunciados Fernando Soares (Fernando Baiano) e Nestor Cerveró, este diretor da área Internacional da Petrobras na época, em conluio e com unidade de desígnios, cientes da ilicitude de suas condutas, em razão da função exercida por este último, solicitaram, aceitaram promessa e receberam, para si e para outrem, direta e indiretamente, vantagem indevida", registra a denúncia da força-tarefa da Lava Jato que embasou a abertura da ação penal contra Camargo, Cerveró e Baiano, entre outros, por corrupção e lavagem de dinheiro.

A propina viria de dois contratos: a construção do navio-sonda Petrobras 10000, para perfuração de águas profundas na África, e outro do projeto do navio-sonda Vitória 1000, para exploração de petróleo no Golfo do México.

Os dois contratos foram assinados com o estaleiro coreano Samsung Heavy Industries por US$ 586 milhões e US$ 616 milhões, respectivamente. As propinas correspondentes seriam de US$ 15 milhões e US$ 25 milhões, pela ordem. Camargo confessou ter pago a propina de US$ 40 milhões, via contas secretas de Baiano no exterior e também por meio do doleiro Alberto Youssef.

A Lava Jato diz que os pagamentos do estaleiro deveriam ser feitos para a offshore Piemonte Investment Corp. em uma conta no Uruguai. Dois depósitos nesse sentido foram detectados: US$ 6,2 milhões e US$ 7,5 milhões, efetuados em 8 de setembro de 2006 e 31 de março de 2007. "Exatamente nas datas previstas no contrato de intermediação entre as empresas Samsung e Piemonte", afirma a força-tarefa.

Cobrança

Na quinta-feira, 16, Camargo revelou pela primeira vez nos autos da Lava Jato que, em 2011, uma parcela final de US$ 10 milhões deixou de ser paga pela Samsung, gerando uma cobrança inicialmente feita por Baiano, em nome de Cunha, e depois pelo próprio deputado, em encontro que teria ocorrido em um prédio comercial do Rio. Para a Lava Jato, a cobrança feita em 2011 indica que, desde o início do esquema fechado por Cerveró e Baiano com o estaleiro, Cunha tinha valores a receber do esquema.

Cerveró e Baiano estão presos desde o início do ano, em Curitiba, sede das investigações da Lava Jato que não envolvem políticos com foro privilegiado. Cunha é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal por envolvimento no esquema da Petrobras.



2 Comentários:

Igor Munarim disse...

Veja o que eu encontrei.
http://twitter.com/alexandrecct/status/622527662762950656/photo/1
Suposta Ficha de Filiação de Eduardo Cunha ao PSDB

MGP disse...

é só pegar registro da câmera do hotel onde o Cunha se encontrou com o Camargo para provar oficialmente....#CunhaNaCadeia

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